A PIDE\DGS

Sigla de "Polícia Internacional de Defesa do Estado". Era a polícia política da ditadura do Estado Novo.

Esta organização tinha seu cargo a protecção do regime contra qualquer ameaça interna ou externa e, para isso, perseguia, prendia e torturava os seus opositores: políticos, estudantes, operários, artistas ou simples cidadãos que fossem acusados de conspirar contra o regime.

A PIDE foi responsável pela tortura e morte de vários anti-fascistas. Duas centenas de homens, mulheres e crianças foram mortas a tiro de canhão durante o bombardeamento da cidade do Porto na repressão da revolta de 3 de Fevereiro de 1927. Dezenas de pessoas foram mortas na repressão da revolta de 7 de Fevereiro de 1927 em Lisboa no Jardim Zoológico, na da Madeira, em Abril de 1931, e outras tantas dezenas na repressão da revolta de 26 de Agosto de 1931. Houve ainda um número indeterminado de mortos na deportação na Guiné, Timor, Angra e no Cunene, devido à intervenção da força fascista portuguesa na guerra civil Espanhola e á entrega de fugitivos aos pelotões de fuzilamento franquistas. E muitos milhares de mortos durante as guerras coloniais, vítimas do Exército, da PIDE, da OPVDC, dos "Flechas", etc.

A tortura era uma prática corrente para a PIDE. As mais comuns eram a tortura do sono – não deixavam os reclusos dormir, atiravam-lhes baldes de água fria para cima quando adormeciam e tinham focos de luz a apontar-lhes para a cara; a das queimaduras de cigarro – queimando as mãos e as diversas partes do corpo dos prisioneiros durante os interrogatórios; a da estátua – a estátua simples e a estátua tipo Cristo de pé, estando a vitima voltada para a parede, sem a tocar e de braços estendidos; a do isolamento – durante dias e dias, os presos não comunicavam com ninguém, excepto com o carcereiro nas horas em que as refeições eram distribuídas, não podiam fumar, nem receber jornais ou livros, correspondência ou visitas.

Fontes:

http://www.citi.com/

http://www.paginavermelha.pt/

http://cvhgp1.wordpress.com/

Manel