Fechámos o conjunto de 7 posts dedicados aos 70 anos da 2ª Guerra Mundial. É preciso agora avaliar os trabalhos que realizaram, com um tempo muito apertado, usando cronologias. Nuns casos fez-se mais a interpretação do que noutros, mas a evocação – que, espero, tenha alimentado mais um pouco o “bichinho” que prolongue o interesse em aprofundarem o tema com outras leituras, agora e no futuro, como cidadãos responsáveis que querem conhecer – fica feita.
Para fechar o tema deixo-vos, como sugestão, uma publicação recente:
Estou a lê-lo: é uma leitura difícil, e de tal forma, à medida que os anos passam, o tema se torna para mim cada vez mais insuportável, que penso em não continuar ; repiso nas palavras de Vassili Grossman que abrem o livro, para não o fazer:
Mesmo quando ela é terrível, o escritor deve dizer a verdade e o leitor deve conhecê-la. Virar costas, fechar os olhos, passar adiante é insultar a memória dos que pereceram.
Julgo ser a publicação mais recente sobre o tema do “Shoa”. Trata-se de um inesperado relato de Chil Rajchman, um judeu polaco que foi um dos raros sobreviventes (julga-se que 57 entre os cerca de 750.000 que foram enviados para a morte) do terrível campo de Treblinka, na Polónia ocupada, a menos de 100 km a nordeste de Varsóvia. O seu autor conservou este testemunho, escrito logo após a sua fuga bem sucedida do Campo, em Agosto de 1943, e com ele foi para o Uruguai onde constituiu família e faleceu há poucos anos. Publicou-se em 2009 o texto pela primeira vez, em França, com um prefácio contextualizador da investigadora do CNRS, Annette Wieviorka, que a fechar diz: “A acuidade e a crueza da descrição, a violência de um relato isento da estereotipia que por vezes encontramos nos relatos tardios dos sobreviventes deveria fazer esta obra entrar para o cânone dos grandes textos da literatura do desastre”.
Foi publicado em Portugal pela Teorema, em Setembro passado.
domingo, 17 de janeiro de 2010
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este homem e um monstro
ResponderEliminarproque e que ele foi assim com os judeus
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