quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

QUE VOZ LUNAR

Que voz lunar insinua
o que não pode ter voz?


Que rosto entorna na noite
todo o azul da manhã?


Que beijo de oiro procura
uns lábios de brisa e água?


Que branca mão devagar
quebra os ramos do silêncio?

(Eugénio de Andrade, Mar de Setembro, 1961)


Boas festas!


FM

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Curiosidades sobre Hilter

A casa de campo de Hitler, Berghof, que tinha uma vista magnifica sobre as montanhas da Baviera, era uma das casas "mais bem guardadas" do mundo com um cordão de milhares de SS a cercar por todo o lado a casa. O lado mais curioso, é que possuía um regulamento especial de nove pontos para os hóspedes e eventuais convidados. Nele lia-se:

1- É proibido fumar fora dos quartos de dormir.
2- Não se deve falar aos criados, nem encarregá-los de trazer cartas ou encomendas.
3- Quando se fala ao Führer ou do Führer deve-se sempre empregar a denominação e não quaisquer outros títulos, nem mesmo a expressão "Senhor Hitler".
4- É proibido aos hóspedes abusarem de cosméticos e é formalmente interdito às mulheres o uso de verniz nas unhas.
5- Os convidados devem apresentar-se à mesa "dois" minutos após o toque do gong. Ninguém se deve sentar ou levantar antes do Führer.
6- Ninguém pode permanecer numa sala quando o Führer aí entrar.
7- Os convidados devem retirar-se para os quartos às 23 horas a menos que o Führer lhes peça expressamente para ficarem.
8- Os convidados devem permanecer na ala da casa que lhes foi reservada. É proibido entrar nos locais de serviço, na caserna dos oficiais SS ou no gabinete da polícia política.
9- Após terem deixado Berchtesgaden, é formalmente interdito contar a terceiros ou a estrangeiros as palavras que possam ter sido pronunciadas pelo Führer. Toda a infracção consistindo em dar informações sobre a vida privada do Führer será punida com as mais severas penas.



                       Negus, Eva Braun, Hitler e Blondie em Berghof


Fonte: Hitler, de Giulio Ricchezza

Espero que gostem desta curiosidade :)

Gonçalo

SA - "Sturmabteilung"


As SA, Secções de Assalto, ou Sturmabteilung em Alemão (insígnia em cima), foi a milícia paramilitar Nazi durante o período em que o Nacional Socialismo exercia o poder na Alemanha. O seu líder era Ernst Röhm (fotografia ao lado), capitão do exército e notório por seu senso de organização e sua capacidade de comando.

As Sturmabteilung constituíram, em certo momento, uma das instituições mais activas da vida pública da Alemanha, e uma das bases do poder político de Adolf Hitler.
Deve-se ressaltar que elas não funcionavam como um exército ou uma tropa organizada. A sua actividade muito mais a de amotinadores do que a de um exército. As SA encarregavam-se de mostrar a "força" do NSDAP, atacando pessoas na rua, ou lojas de judeus, ou opositores ao Partido (comunistas, principalmente)
 O próprio Hitler via a SA como uma tropa de pressão política, mas não como núcleo do "futuro exército do Reich" como desejava seu líder, Röhm.

No momento em que deixaram de ser interessantes, constitutindo algo não só fora de seu controle, mas abertamente contra determinadas idéias de Hitler, foram eliminadas. Também as intrigas nascidas da conduta homossexual de Röhm acabaram por derrubá-lo, no episódio conhecido como noite das facas longas. A partir daí, as SS, sempre contrapostas às Sturmabteilungen, ocuparam o espaço de polícia política outrora destinado às SA.

fonte: Wikipédia

Gonçalo

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

La Vita è Bella

A Vida é Bela foi um filme de grande sucesso mundial realizado em 1997 por Roberto Benigni, actor e realizador italiano. Nos papéis principais encontram-se Roberto Benigni (Guido), Nicoletta Braschi (Dora) e Giorgio Cantarini (Giosué).


Guido é um jovem rústico que vem para a cidade com um amigo para se empregar como criado de mesa. Conhece e apaixona-se por Dora, com a qual se casa e tem um filho, Giosué. Cinco anos depois, devido ao facto de serem judeus, Giosué, Guido e o seu tio são presos e levados para um comboio que os conduzirá para um campo de concentração. Para evitar que o filho se aperceba dos horrores do campo de concentração, Guido cria todo um mundo de fantasia, explicando-lhe que estão num campo de férias e que toda a situação é um jogo com um prémio final original: um tanque de guerra.

Este foi um dos filmes mais lucrativos de 1997, tendo gerado alguma controvérsia por ter tratado de forma ligeira e mordaz o Holocausto. Escrito, realizado e protagonizado por Benigni, este foi o filme que permitiu a consagração internacional do italiano não só como um cómico versátil mas também como um hábil e imaginativo contador de histórias.

Foi vencedor de três Óscares: Melhor Banda Sonora Original (composta por peças magistrais da autoria de Nicola Piovani), Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Actor para Roberto Benigni. Para além destes prémios, foram-lhe atribuídos muitos outros que fazem de La Vita è Bella ( A Vida é Bela) um marco na história do cinema.



Fontes:
Diciopédia

Marta

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

"É uma violação dos direitos humanos"






Do que pude apanhar na imprensa sobre o recente - 17 de Outubro - Dia Internacional para a Erradicação da Probreza, retive uma frase do presidente do Instituto de Segurança Social: "A pobreza não é uma inevitabilidade.É uma violação dos direitos humanos".

Apetece dizer que o é cada vez mais: afinal, só na União Europeia -e estamos a falar da maior economia do planeta - são 79 milhões os que as estatísticas consideram como pobres (em Portugal todos os que dispõem de rendimentos inferiores a 60% do rendimento médio nacional: 406 euros).

Até 2010 a "Estratégia de Lisboa" (de 2000) http://europa.eu/scadplus/glossary/lisbon_strategy_pt.htm  pretendia "provocar um impacte decisivo na erradicação da pobreza" e a quase irradicação do problema, de par com o pleno emprego (7% dos trabalhadores europeus são pobres). Sete anos passados (dados de 2007) a situação só melhorou para Portugal, Irlanda, Holanda e Malta. Com a crise actual a situação só pode ter-se complicado, mas não parece haver ainda números fiáveis. Em 2007 a média de pobreza da UE era de 17% (Portugal estava com 18%).

Direitos humanos pois: pobreza como negação ao direito a uma vida decente e humanamente digna, e a tudo aquilo - a todos os outros direitos - que uma base económica aceitável pode garantir - à habitação; à educação e à cultura; ao vestuário e à saúde; à segurança social; à expressão e participação; à liberdade; à segurança pessoal; à livre escolha do trabalho;ao repouso e ao lazer, entre outras.

A REAPN - Rede Europeia Anti-Pobreza/Portugal (1991) é uma ONG que vale a pena conhecer e que, em Portugal, desenvolve uma actividade de combate à pobreza e exclusão social. É a rede nacional da European Anti Poverty Network (EAPN) (1990, Bruxelas). Deixo o convite para uma visita.

http://www.reapn.org/

FM

Leis racistas de Nuremberga

Num dia em que avançámos bastante no estudo do nazismo e em que, simultaneamente, se celebram os Direitos Humanos consignados na Declaração aprovada pela ONU em 1948, importa relembrar aspectos históricos que estiveram na base das terríveis tragédias humanas que levaram à sua formulação e aprovação.

Em 1935 foram aprovadas na Alemanha as fatídicas e racistas "Leis de Nuremberga", um conjunto de diplomas destinado a colocar a população judaica, afro-alemã, cigana e homossexual, sobretudo, no lugar de "sub-condição humana" que viesse a justificar, mais tarde, as cruéis políticas de genocídio barbaramente perpretadas pelo Estado nazi e conhecidas, no conjunto, por "Holocausto".

Deixo-vos algumas ligações que julgo com interesse para se aproximarem, de uma forma ou de outra, da bestialidade dos diplomas em causa.





FM

Dia dos Direitos Humanos



Tem 61 aninhos e muito para andar e concretizar. Mas é o caminho: e "o caminho faz-se a andar"...

Na página da ONU sobre esta problemática encontram o texto integral da Declaração. Deixo-vos a ligação para a tradução em Português.

http://www.ohchr.org/EN/UDHR/Pages/Language.aspx?LangID=por

Aproveitem e circulem pelas páginas do site (e apliquem-desenvolvam o vosso inglês!).

FM

Cimeira de Copenhaga?

"O tempo chega sempre; mas há casos em que não chega a tempo".


Camilo Castelo-Branco (1825-1890)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Cimeira de Copenhaga (4)



No "Sapo", nos espaços dedicados à Cimeira, aparece com destaque o Blogue que a Quercus criou para a acompanhar. Chamo a atenção para ele: notícias, vídeos, referências várias.

http://copenhaga.blogs.sapo.pt/

Está aí o presente-passado que irá condicionar a marcha do mundo nas próximas décadas.
As Cimeiras Climáticas de Bali (2007) e Poznan, de há um ano atrás, prepararam o caminho, dirigido pela ONU: conseguir o novo acordo internacional que substituirá o Protocolo de Quioto -  que está em vigor desde 1997 - quando a validade deste se extinguir, em 2012.

Evitar que o aumento que já se regista - e é imparável! - da temperatura global do Planeta atinja os 3 graus! Eis o desafio universal! Se isso não for impedido as consequências serão catastróficas! Há 21 anos de estudos com a maior solidez científica que as antecipam como inevitáveis.

Ficar pelos 2 graus de aumento, "apenas": eis o cerne da questão e a baliza por onde passará ou não o sucesso da Cimeira. E será esse o material histórico a apreciar.





FM

Surrealismo em Paris


Man Ray : « Lee Miller's Neck ? », Paris 1929
© Man Ray Estate. All rights reserved. Lee Miller Archives, England 2009 / Man Ray Trust / Adagp, Paris 2009
 
 
Está a decorrer em Paris - há uns meses já - uma exposição de trabalhos surrealistas da área da Fotografia e Cinema.

http://www.centrepompidou.fr/Pompidou/Manifs.nsf/0/6C44A42D3D8F05E4C12575CC0033082B?OpenDocument&sessionM=2.2.2&L=1

São mais de 400 trabalhos! Claro que Paris não é ali e, portanto, já o sabemos, ir lá não será possível... mas é! Afinal não é para isso que as TIC estão a ser cada vez mais o que querem ser?! Vá lá: afinal é tão simples como o clic das teclas que escrevem isto - vão lá!!

Deixo, entretanto, o clip promocional do Museu, muito bom!



Mas também um link para um site com um diaporama cheio de reflexões e afirmações que só podem ampliar os nossos conhecimentos sobre o tema. E ñão esqueçam: nunca regresssamos os mesmos das viagens que fazemos...

http://www.dailymotion.com/video/xbcaxf_la-subversion-des-images-parcours-d_creation

FM

Blues (5) - ODETTA HOLMES (1930-2008)









Há um ano atrás faleceu Odetta.

Natural do Alabama, no sul dos EUA, começou a cantar, como profissional, em 1944.

Pete Seeger e outros importantes cantores "folk" americanos ajudaram-na a atingir o auge da sua carreira nos anos 50 e 60.

Foi fonte inspiradora para imensos artistas, com carreiras no alto durante os anos 60, 70 e 80: Bob Dylan, Janis Joplin, Joan Baez, Tracy Chapman.

Na grande marcha de 1963, em Washington, pelos direitos cívicos dos negros, cantou "Oh, Freedom", canção da Guerra Civil que havia gravado em 1956.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcha_sobre_Washington




Martim Luther King considerou-a, então, a "raínha da música folk" norte-americana.



FM

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Cimeira de Copenhaga (3)





192 países terão estado hoje na sessão de abertura. É um número bem elucidativo da importância do que está em jogo.

Ficamos à espera que as decisões colectivas também o sejam - países "grandes" incluídos - a bem das "esperanças da Humanidade" (Rasmussen)!

Deixo um link com o filme apresentado na abertura. Também um sugestivo "cartoon" de PEP

http://tvnet.sapo.pt/noticias/video_detalhes.php?id=51759





http://images.google.pt/images?gbv=2&hl=pt-PT&q=jyllands-posten&ndsp=18&um=1&ie=UTF-8&sa=N&tab=wi


FM

Cimeira de Copenhaga (2)



PASTORAL


A terra inocente


abre-se ao ardor


de oiro de uma flauta


- será que o pastor


ou a primavera


desperta e se exalta?


(Eugénio de Andrade)
 
 
FM

domingo, 6 de dezembro de 2009

Cimeira de Copenhaga

Está aí! Pela nossa sobrevivência na Terra (já que esta é bem mais forte e vai aguentar...)!

http://copenhaga.blogs.sapo.pt/



"Não herdamos a terra dos nossos ancestrais, pedimo-la emprestada aos nossos filhos"

Provérbio popular norte-americano







FM

sábado, 5 de dezembro de 2009

O Blues (3)

Em 1927 Blind Lemon Jefferson um dos primeiros "Bluesman" a tornar-se famoso através da música gravada, cantava assim.



E mais tarde - 1960? - um dos meus favoritos cantava, na sequência dessa tradição, desta (deliciosa) forma:



Bom fim-de-semana!

FM

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

"Identificação de um país"



Num dia em que se comemora a libertação (1º de Dezembro de 1640) de um país "identificado"  - pedindo a ideia e o título à importante  obra do historiador José Mattoso - http://www.wook.pt/ficha/identificacao-de-um-pais-vol-i/a/id/84042) e em que ao mesmo tempo muitos se exultam com a "entrada em funções", hoje,  do novo (e difícil...) Tratado de Lisboa,
http://eur-lex.europa.eu/JOHtml.do?uri=OJ:C:2007:306:SOM:PT:HTML
- vale a pena puxar as atenções para uma outra celebração, vital para que o tal país identificado, tenha podido e possa continuar nos seus caminhos de "identificação" e de "desidentificação": a da  passagem dos 200 anos sobre o início da construção da dupla linha defensiva de Lisboa - as chamadas "Linhas de Torres Vedras" - na antevisão do que seria a última das três invasões francesas a Portugal.




As obras começaram nos finais de 1809, dando corpo à ideia de conter à distância - e sem meios de subsistência numa terra previamente desertificada - o avanço do inimigo sobre Lisboa. Ficavam ainda aptas a proteger o embarque das tropas inglesas de Wellington (autor do projecto) se as coisas corressem deveras mal...

O esforço foi ciclópico. Em pouco tempo (até 1812) foi erguida uma das mais extraordinárias linhas defensivas de toda a história militar: fortificaram-se colinas, vales, linhas de água; destruiram-se pontes e estradas; criaram-se obstáculos nos desfiladeiros e juntaram-lhes valados; construiram-se fortes e fortins (mais de 150) com forte artilharia (mais de 400 bocas de fogo em 1810) apontada aos caminhos e perto de 30 mil homens nas guarnições.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Linhas_de_Torres

As Comemorações foram inauguradas há duas semanas pelo Presidente da República. E estão aí.

FM

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Quizás, Quizás, Quizás

Aqui deixo um vídeo sobre a música que mencionei na aula e que contém a palavra 'Quizás'. É uma música muito conhecida, criada em 1947, tendo de momento muitas versões.



Marta

A criança...




Passou um pouco despercebido um aniversário que convém amplificar: os 50 anos da aprovação pela ONU da Declaração Universal dos Direitos da Criança - 20 de Novembro de 1959.

Todos temos consciência da importância e do peso do caminho já percorrido, mas, sobretudo - olhando às notícias e relatórios de que vamos tendo conhecimento - da imensidade e complexidade do que está ainda por realizar, por essa Europa e Mundo fora.


Deixo a Declaração, "farol" para uma aproximação e para a realização dos juízos de valor, que é preciso manter em permanente actualização.





FM

domingo, 29 de novembro de 2009

A "Grande Depressão"







Da grande crise de 1929 já falámos. Das suas terríveis sequelas sociais também, embora mais ao de leve.

É (bom) hábito remeter, para se mergulhar mais fundo - e para além da literatura histórica - para a outra literatura, com destaque maior para "As Vinhas da Ira", romance maior de John Steinbeck, publicado em 1939.

http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Grapes_of_Wrath

Na BE temos o filme de John Ford, de 1940, que se tornou um clássico da história do Cinema.



     Mas da época, no plano documental, há bastante material fotográfico e fílmico que mostra bem o grau de desolação social instalado nos EUA e boa parte da Europa e mundo como resultado imediato da Depressão.
     Do grau de injustiça social provocado pela lógica do liberalismo capitalista e pelo brutal desemprego, e da falta de estruturas e políticas de intervenção social por parte dos Estados mais desenvolvidos, dão muitas dessas imagens gritantes testemunhos.

     Deixo-vos alguns exemplos, de uma fotógrafa que ficou famosa pelo alcance mundial e histórico do seu trabalho: Dorothea Lange.



http://pt.wikipedia.org/wiki/Dorothea_Lange




FM

sábado, 28 de novembro de 2009

Os espirituais negros

Na génese dos Blues estão os "Espirituais" negros, canções de cariz religioso - do cristianismo protestante, evangélico - com raiz africana e muito ligados ao sentimento e sofrimento dos escravos negros.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiritual_negro

Rosetta Tharpe ou Mahalia Jackson são dois nomes grandes dessa tradição afro-americana, quando esta galgou para fora dos seus ambientes habituais, como produto da indústria discográfica. E, como podem ver, continua bem viva!









FM

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

25 anos de música em Portugal





Pelo peso que a música vai tendo no nosso blogue, já há algum tempo que estava para divulgar este número especial da BLITZ. Eles merecem-no!

Não sei se haverá muitas publicações em Portugal que possam dizer que existem há 25 anos (não serão muitas - alguns jornais e...)!! A BLITZ pode, daí a saída deste número especial comemorativo dessa proeza.
São também 25 anos de música em Portugal que são rememorados e passados em análise.

Deixo o convite! Eles merecem!

http://blitz.aeiou.pt/


FM

sábado, 21 de novembro de 2009

Surrealismo em Portugal

Já falámos e vamos ainda falar do surrealismo em Portugal.

Porque já falámos do Mário Cesariny e porque me lembrei de ver o que havia sobre o Mário Viegas (convido-vos a saberem quem foi e a importância dele para o Teatro, Poesia e Cinema - e memória para quem teve a sorte de o ver a representar ao vivo como eu - em Portugal...) encontrei a melhor das prendas: um recriado pelo outro! Mas aproveito e lembro o Mário Henrique Leiria de quem falaremos também...

Espreitem!








FM

Os 100 anos da República


Soube da existência deste blogue há uns tempos. Gostei. Só depois soube que é da autoria de um antigo professor de Filosofia da nossa escola, que é, alíás, bem conhecido da blogosfera portuguesa devido ao seu "Almocreve das Petas". 

Dado que vem de encontro ao tema da República e tem imensas ligações à História da Figueira aconselho-o vivamente. Visitem-no! Façam comentários! Coloquem questões!


FM

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Roger Waters

Introdução:


George Roger Waters nasceu em Great Bookham, Surrey, a 6 de Setembro de 1943 é um músico e compositor britânico de rock, mais conhecido por ter sido o compositor, vocalista, baixista, guitarrista e um dos fundadores do Pink Floyd.

Após outro dos fundadores, Syd Barrett, ter abandonado o grupo devido a doença mental e a abuso de drogas, no fim dos anos 60, Waters definiu a direcção artística da banda, levando os Pink Floyd para o centro das atenções, produzindo uma série de álbuns que continuam entre os mais vendidos de todos os tempos.

Carreira:

Após sair do Pink Floyd, nos anos 80, Waters embarcou numa carreira a solo, editando três álbuns e a trilha sonora de um filme. Em 1984 lançou THE PROS AND CONS OF HITCH HICKING que já estava sendo preparado desde 1978, em 1987 lançou RADIO KAOS e por último o álbum Amused to death de 1992. Waters passou a maior parte dos anos 90 a compor uma ópera chamada Ça Ira cujo lançamento ocorreu em 27 de setembro de 2005.

Depois de um longo hiato, Waters voltou à estrada outra vez em 1999, tocando as suas músicas mais conhecidas do tempo do Pink Floyd juntamente com material da sua carreira a solo e uma música nova chamada Each Small Candle, tendo conseguido grande audiência.

Em «The Dark Side of The Moon» , Roger Waters apresentou ao público canções suas e dos Pink Floyd.

Em Setembro de 2004 Waters publicou duas novas faixas: "To kill the child" e "Leaving Beirut" apenas para a internet; um CD single foi lançado apenas no Japão. Ambas as faixas são inspiradas na invasão do Iraque pela Inglaterra e Estados Unidos em 2003. A sua mensagem era clara em versos como: "Oh George! Oh George! That Texas education must have fucked you up when you were very small".



Fontes:

Manel

domingo, 15 de novembro de 2009

O Blues


Entrou-nos pela sala dentro - há uns tempos já pela voz magnífica da Bessie Smith -  o "Blues".

Como aperitivo para "voltas" maiores, deixo-vos um registo de 1925, com a trompete de um dos grandes das história do Jazz: Louis Armstrong.

No ano seguinte, em Portugal, caía o regime republicano.



SOBBIN' HEARTED BLUES


Perry "Mule" Bradford / Layer / Davis
as rec by Bessie Smith w Louis Armstrong (cornet) & Fred Longshaw (piano)
Jan 24th 1925 New York

You treated me wrong, I've treated you right,
I worked for you both day and night!
You bragged to women that I was your fool
So now I've got them sobbin' hearted blues.

The sun don't shine in my back door some days,
The sun don't shine in my back door some days,
It's true I love you but I won't take mean treatments any more!

All I want is your picture, it must be in a frame,
All I want is your picture, it must be in a frame,
When you go, I can see you just the same!

I'm gonna start walkin' 'cause I got a wooden pair o' shoes,
I'm gonna start walkin', I got a wooden pair o' shoes,
Gonna keep on walkin' till I lose these sobbin' hearted blues!


FM

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Aqui fica mais um pouco de Pink Floyd:



manel
Os partidos políticos no período da 1ª República


Os condicionalismos políticos resultantes da Revolução de 1910 levam a que o único partido representado na Constituinte seja o Partido Republicano Português. Das diversas formações políticas que deste irão emergir destaca-se o Partido Democrático, que viria a ser dominante nos anos seguintes, embora outros como o Partido Evolucionista e o Partido Unionista tivessem uma consistência estatutária relevante.

O Partido Democrático é o vencedor sistemático das eleições para o Congresso da República (com excepção das que se realizam em 1921) e assume uma presença dominante na administração do Estado, limitando o acesso ao poder de outras forças partidárias, a não ser em coligações efémeras. A dinâmica do sistema de governo é perturbada pela dificuldade do Partido Democrático em estabelecer alianças amplas no Parlamento e satisfazer exigências sociais prementes, resultantes da alteração da vida económica e social trazida pela participação de Portugal na primeira Guerra Mundial. Vão-se gerando movimentos de contestação nas margens do regime, onde começam a surgir apelos à regeneração nacional. Em 5 de Dezembro de 1917 triunfa uma revolta militar chefiada por Sidónio Pais, com o apoio do Partido Unionista, que instaura uma ditadura militar.

Um Decreto de 1918 previa, em parte, a adopção de um sistema de governo presidencialista. Constituiu-se o Partido Nacional Republicano (mais tarde designado por Nacionalista), vencedor das eleições ao Congresso em 1918, onde se manteve uma forte minoria de monárquicos e católicos. Depois do assassinato de Sidónio Pais, em 1918, seguiu-se uma grave crise política em que se defrontaram Republicanos e Monárquicos. O controle da situação pelos Republicanos só vem a dar-se em Março de 1919, enfrentando graves problemas económicos e sociais a nível nacional e internacional. A década de 20 é marcada por sucessivas alterações de governo, rivalidades entre as alas esquerda e direita do Partido Democrático, o receio contra os apoiantes do anarquismo e do bolchevismo, uma crescente simpatia do Exército pelas soluções autoritárias. A ditadura viria a ser instaurada na sequência do movimento militar de 28 de Maio de 1926 que dissolveu o Parlamento.
Manel
A Primeira República (1910-1926)


A Assembleia Nacional Constituinte de 1911

Após a revolução republicana de 5 de Outubro de 1910 tornou-se necessário elaborar uma constituição que estabelecesse os fundamentos do novo regime político.

A Assembleia Nacional Constituinte foi eleita num sufrágio em que só houve eleições em cerca de metade dos círculos eleitorais. Não havendo mais candidatos do que lugares a preencher em determinada circunscrição eleitoral, aqueles eram proclamados "eleitos" sem votação.
O sufrágio universal foi afastado, tendo votado apenas os cidadãos alfabetizados e os chefes de família, maiores de 21 anos.

Para além da elaboração e aprovação da Constituição, concluída a 21 de Agosto de 1911, a Assembleia Constituinte discutiu e aprovou projectos de lei sobre os mais variados assuntos, confirmou os poderes do governo provisório, acompanhou e fiscalizou a sua actuação, assumindo assim poderes que a tornam no primeiro parlamento da República, protagonista principal de um sistema de governo parlamentar.

Após a aprovação da Constituição, a Assembleia Nacional Constituinte elegeu o primeiro Presidente da República por voto secreto e transformou-se no Congresso da República, desdobrando-se na Câmara dos Deputados e no Senado, nos termos previstos nas disposições transitórias do texto constitucional de 1911.

Os 71 senadores foram assim eleitos de entre os deputados constituintes, maiores de 30 anos, num sistema de eleição por listas, de forma a procurar assegurar a representação de todos os distritos. Os restantes 152 membros da Assembleia Constituinte constituíram a Câmara dos Deputados.

O mandato destas duas Câmaras terminou com a eleição, em 1915, do Congresso da República nos moldes previstos na Constituição.

O Congresso da República na Constituição de 1911

A primeira Constituição da República marca o regresso aos princípios liberais de 1820-1822, nomeadamente a consagração do sufrágio directo na eleição do parlamento, a soberania da Nação e a separação e divisão tripartida dos poderes políticos.

A Constituição de 1911 afastou o sufrágio censitário, não tendo, no entanto, consagrado o sufrágio universal, nem dado a capacidade eleitoral às mulheres, aos analfabetos e, em parte, aos militares. Só em 1918, com um decreto, de Sidónio Pais, se alargou o sufrágio a todos os cidadãos do sexo masculino maiores de 21 anos. Contudo, este alargamento só duraria um ano, com a reposição do antigo regime de incapacidades regulamentado por lei especial, para a qual remetia o articulado constitucional.

O Congresso da República tinha uma estrutura bicameral, sendo formado pela Câmara dos Deputados e pel Senado para as quais não se podia ser eleito com menos de 25 e 35 anos respectivamente.

A iniciativa de lei pertencia indistintamente aos deputados ou senadores,

O poder legislativo pertencia exclusivamente ao Parlamento, sem a possibilidade de veto por parte do Presidente da República.

O Congresso elegia o Presidente da República, podendo igualmente destituí-lo.

A legislatura, na Câmara dos Deputados, dura três anos e, no Senado, seis anos, devendo haver renovação de metade dos membros do Senado cada vez que se verificassem eleições gerais para a Câmara dos Deputados.

A sessão legislativa tinha a duração de quatro meses, prorrogáveis por deliberação do Congresso.



Fontes: http://www.assembeleiadarepublica.pt/
                http://www.slideshare.net/

Manel

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O Armistício


Aí estão os 91 anos do Armistício que pôs fim à 1ª Guerra Mundial.

Na Figueira decorreram as cerimónias habituais organizadas pela Liga dos Combatentes, mas delas não consegui ainda obter fotografias.

Fica uma evocação desse momento que pôs fim a essa gigantesca loucura irresponsável que foi a Guerra.



FM

sábado, 7 de novembro de 2009

Cadáver bem esquisito

Como fazer um poema dadaísta ...

"Pegue um jornal.

Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público."

Tristan Tzara



Rosto e momento, vela ao riscos
Paisagem falam, mas meu orfãs
Envergonhada caderno, um orfanato
Dedicação? Teimosia acreditava ...
Defendi negros e esquerda momento
Com desenhada é paixão, anedota!
Problemáticos porquês - o distorcido
Mensagem, joelhos e não
Fixa-me! Limpos as deslumbrantes
Incenso, razões, namoros
Crianças - difícil
Paixão, páginas, viagem e cabanas
Razão um desisti, aldeias fica erro
Riem...
Tempo, sorriso, minha
Perguntam...
Chocolates, certamente irracional
Explica ou, mas castigo olhos!
E eu caneta?
Liberdade desconfio
Desafiar porquê?
Desenfreado areia, não papelinhos
Catigados entusiasmo, minha
Risos! Mas os escrever
Escolher direita?
Mentiam para clareza
Quando o injustiças
De o denunciar!




Fontes:

Carolina

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A queda do Muro de Berlim: 20 anos



Segunda passam os 20 anos da queda do Muro de Berlim, símbolo de todo um sistema político que num turbilhão desabou.

Atenção ao conjunto de materiais que o Sapo está a disponibilizar: http://noticias.sapo.pt/muro_de_berlim/1028530.html

E, já agora, mesmo em cima do post sobre os "Scorpions" e o seu "Winds of Change" feito pelo Francisco, espreitem - também no Sapo - uma entrevista com o vocalista Klaus Meine, que fala desses "ventos de mudança" que se pressentiam no horizonte, meses antes do Muro cair.




FM

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Os "Pink Floyd"




Já que o Francisco avançou com os "Scorpions", cumpro a promessa de colocar um tema dos "Pink" ainda com o Roger Watters como  autor, baixo, vocalista e não só!

Vai um dos grandes clássicos deles, do álbum de 1973, "The Dark Side of the Moon", um enormíssimo êxito à escala mundial.



FM

O nascimento do JAZZ

Bem como já há dois posts feitos noutro sítio, deixos-o referenciados.

Vão lá! (ganhamos tempo para outros)

http://temposnotempo.blogs.sapo.pt/16342.html

http://temposnotempo.blogs.sapo.pt/16712.html

FM

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Piet Mondrian

Um dos meus pintores preferidos. Gosto principalmente da fase neoplasticista, do abstraccionismo muito simplista, apenas com as cores primárias e linhas pretas...


Pieter Cornelis Mondriaan, nasceu em Amersfoort, Holanda, a 7 de Março de 1872 e morreu em Nova Iorque, EUA,  a 1 de Fevereiro de 1944.
Modrian foi um pintor modernista, participou no movimento do Neoplasticismo e colaborou com a revista De Stjil.


Quando se iniciou na pintura, o seu trabalho era influenciado pelas correntes naturalista, impressionista e mais tarde, pós-impressionista.




                                                              Árvores à luz da lua, 1908


Após visitar uma exposição que incluía trabalhos de Picasso e Braque no museu Stedelijk, em Amsterdão, 1913, a sua obra passou a apresentar influência cubista.


                                                          Composição (Árvore), 1913


Pouco depois, quando foi morar para Paris, a sua pintura ganhou novos procedimentos com relação a cores e formas. A sua abstracção tenderia progressivamente para a precisão geométrica, dando origem ao Neoplasticismo. A partir de 1917 até à década de 40, a sua obra é principalmente neopltasticista.




                                       Composição com vermelho, amarelo e azul, 1921                                                                           
Nos últimos anos de vida, quando vai viver para Nova Iorque,  começa a libertar-se das suas próprias regras "fugindo" à ideia inicial de Neoplasticismo.


                                                      Broadway Boogie Woogie, 1942-1943


Fontes:


http://www.wikipédia.pt
http://www.artchive.com/artchive/M/mondrian/broadway.jpg.html
http://www.mondrian.kit.net/


Gonçalo




Rik Lina

Pessoalmente não conhecia este pintor holandês, adepto da corrente surrealista, mas depois de ver os seus quadros achei que devia fazer um post sobre ele. Rik Lina nasceu em Valkenburg-Houthem, uma localidade da Holanda, tendo crescido em diversas cidades deste mesmo país. Entre os anos de 1962 e 1972 viajou por toda a Europa e África.




Angel Falls, 1993





City Jungle, 1993


Em 1972, apresentou as suas primeiras exposições a solo num museu em Amesterdão, capital da Holanda, tendo também colaborado com algumas revistas holandesas como a MOKSHA e BRUMES BLONDES.




Secret language, 1993




Serpent sun - tripych, 1994





Jungle fever, 1995

Nos anos seguintes, Rik Lina promove as suas exposições em diversos países como Paris, Hannover, Poznan, Londres, Zielona Gora, Leiden, Leeuwarden, Santiago de Chile, São Paulo, entre outros.




Pentration, 2004




Face of chaos, 2006

A partir de 2000 começa a estabelecer ligações com Portugal, nomeadamente com a Fundação Cupérnico de Miranda, em Famalicão, participando em 2004 numa exposição "O Surrealismo Abrangente", também nesta Fundação.

Para além destas exposições em Famalicão, em território português, Rik Lina já participou em exposições em cidades como Coimbra e Porto.




Folheto de publicidade a uma exposição de Rik Lina na Fundação José Rodrigues, no Porto


Fontes:
http://www.matta-art.com/lina/lina.htm
http://www.riklina-art.nl/
http://www.janholleman.com/01rikJ_e.html

Carolina