segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Henry Purcell (1659-1695)


Torna-se impossível responder, em tempo, às sucessivas efemérides que os dias - e os computadores ou livros-jornais-revistas que as lembram... - trazem. Umas dá; outras não! Uma que não deu e que passou a catorze foi a dos 350 anos do nascimento de Henry Purcell.

Nestas coisas - como noutras - parece-me que o critério deve ser o pessoal: fazer uma selecção em função da nossa valoração e/ou utilidade. É o caso - duplo - do Purcell: é um dos compositores que ouço com mais gosto; e é um nascimento que se entronca no nosso estudo recente, uma vez que veio ao mundo na fase pós-Cromwell - 1659 - logo após o movimento de restauração da monarquia, com Carlos II, de quem falámos.

Nesse período a vida cultural inglesa conheceu uma fase de prosperidade e nela Purcell encontrou um clima favorável ao desenvolvimento dos seus talentos musicais. Foi o compositor mais importante desse período e, dizem os estudiosos, não teve em todo o XVIII nenhum inglês que o igualasse.

Da sua obra são mais conhecidas as suas semi-óperas, às quais Purcell dedicou muito do seu tempo para criar obras que, assemelhando-se ás "comédie-ballet", são mais expressivas e inventivas. Destas semi-óperas, o melhor encontra-se em "The Fary Queen" e "King Arthur", a obra-prima do género.
A sua única ópera, "Dido and Aeneias", é sem dúvida a obra-prima de Purcell, e a obra encontra-se gravada a letras douradas nas páginas da história da música. São mais admiráveis a justeza de expressão dramática no recitativo "Belinda, in thy boosom" e na ária "When I am lay'd", uma das maiores árias alguma vez escritas.
Da sua música religiosa o melhor é, sem sombra de dúvida, a música composta para o funeral da rainha Maria, em 1695, as elégias, os hinos e as marchas.

(in: http://musicantiga.com.sapo.pt/Musicantiga-Purcell.htm)

Deixo-vos o exemplo da ária que mais me impressiona-emociona. É de um dramatismo e beleza extremas - do mais belo que a história da ópera produziu!

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