sábado, 14 de fevereiro de 2009

Gustav Klimt (1862-1918)

Apesar de não estar intimamente relacionado com a matéria que estamos a dar, decidi fazer um post sobre este pintor pois gosto bastante das suas obras e, de certo modo, o interesse pela arte e pintura está ligado à História.


Gustav Klikmt foi um pintor simbolista austríaco.



Nota: O Simbolismo é um estilo literário, do teatro e das artes plásticas que surgiu na França, no final do século XIX, como oposição ao Realismo e ao Naturalismo.






Após concluir os estudos na “Escola Primária do VII bairro vienense”, Klimt é admitido, aos 14 anos, na "Escola das Artes Decorativas", ligada ao "Museu Austríaco Imperial e Real de Arte e Indústria de Viena", onde foi aluno de Michael Rieser, Ludwig Minnigerode e Karl Hrachowina. Klimt adquiriu a prática de desenho ornamental, além de cursos sobre a teoria de projeções, perspectiva, teoria do estilo e outros temas que acompanhavam as aulas práticas.



O pintor austríaco Gustav Klimt foi quem melhor inseriu a beleza feminina no meio artístico.
Criando um conceito de que o mundo tem uma aparência feminina, o artista vienense trabalhou com uma estética de prazer e erotismo. Por isso, devido ao conservadorismo da época, sofreu rejeição e foi incompreendido até por alguns dos deus companheiros pintores.



Através de mosaicos e composições geométricas, Klimt criou quadros com uma textura intrigante. Também fez cartazes para exposições de artistas em Viena, bem como deixou mais de cinco mil desenhos, que serviram de estudos para os seus quadros.




Em 1894, foi escolhido pelo ministro da Educação para pintar o tecto do salão nobre da universidade de Viena. Foi a origem de três das suas obras mais famosas e, também, mais polêmicas. "A Medicina", "A Filosofia" e "A Jurisprudência" revelavam uma crise do eu liberal do artista, assim como a glorificação da racionalidade e de sua acção útil para a sociedade.


Foi a vitória da luz sobre a razão. Repletas de simbolismos, as obras ganharam críticas de professores, da mídia e de outros artistas, mas fez Gustav ser admirado em Paris e Roma, onde ganhou dois prémios como artista europeu de vanguarda. Com o reconhecimento estrangeiro, somou ao erotismo uma nova concepção para as suas obras. Passou a pintar várias telas seguindo a relação vida: crescimento e morte.











Apesar do sucesso alcançado em vida, não se considerava interessante como pessoa. Embora admirado pela alta sociedade, Klimt não era aceite por ela devido à aparência despojada e jeito recluso. Era muito tímido e não gostava de aparecer em público.








A obra de Klimt passa por fases diferentes: a primeira, é marcada por um carácter histórico-realista, também associada à dualidade de Viena (realidade e ilusão), desta época datam os desenhos para as alegorias "A Escultura" e "A Tragédia" (1896 e 1897).


Ainda que as suas obras mais comentadas sejam as que apresentam belas mulheres multi-coloridas, cerca de um quarto dos seus quadros são paisagísticos. Quadrados e de estilo impressionista, apresentam árvores, jardins, casas e pântanos em duas fases distintas.







Com a morte da sua mãe em 1915 também a sua paleta se torna mais sombria, e as paisagens tendem para a monocromia.
Klimt morreu a 6 de fevereiro de 1918 de apoplexia, uns meses antes do colapso do Império Austro-Húngaro, e foi enterrado no Cemitério de Hietzing (Viena).





Imagens:
1. Foto de Gustav Klimt com o seu cão
2. Lady with Fan, 1917/1918
3. Portrait of Mäda Primavesi, 1912
4. Tree of Life, 1905/1909
5. Compilação de várias obras de Gustav Klimt
6. The kiss, 1907/1908


Curiosidades:


Seduzido pela personalidade extravagante de Gustav Klimt, o cineasta Raoul Ruiz dirigiu o filme "Klimt", com John Malkovitch no papel do artista e Verônica Ferres no papel de sua modelo predileta, Emilie Flöge. O propósito do filme foi retratar a vida do artista cuja pintura sexual e exuberante simboliza o estilo art nouveau da virada do século XIX para o século XX.









Raoul Ruiz


Fime " Klimt"
Fontes:
Carolina

2 comentários:

  1. Belo! Claro que faz todo o sentido publicá-lo! Cruzar épocas, gostos, modos de pensar... é fundamental! E, depois,com o interesse documental que lhe deste e com a excelente construção do texto, ficou um regalo! FM

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