quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Manoel de Oliveira faz 100 anos


Manoel de Oliveira faz hoje, dia 11 de Dezembro, 100 anos.

O mais velho cineasta activo no mundo recebeu homenagens do Primeiro-Ministro e do Presidente da República, sendo que este o vai condecorar no próximo sábado com a Grã-Cruz da Ordem Infante D. Henrique."Estou convencido que todos me acompanham nesta homenagem que é prestada a um grande homem do cinema português e da cultura portuguesa", afirma Cavaco Silva na mensagem.

Biografia

Manoel Cândido Pinto de Oliveira nasceu no Porto a 11 de Dezembro de 1908. É um cineasta português, que actualmente é o realizador activo mais idoso do mundo.

Manoel de Oliveira é originário de uma família da média-alta burguesia, com antepassados fidalgos, facto que muito influenciaria as temáticas da sua futura obra cinematográfica. O seu pai, Francisco José de Oliveira, foi o primeiro fabricante de lâmpadas em Portugal. Na juventude dedicou-se ao atletismo e, mais tarde, ao automobilismo e à vida boémia.

O seu primeiro filme (curta-metragem) foi Douro, faina fluvial (1931), um documentário sobre a actividade fluvial na Ribeira do Douro.
Adquiriu entretanto formação técnica nos estúdios alemães da Kodak, e mantendo o gosto pela representação, participou como actor (Carlos) no primeiro filme realmente português A Canção de Lisboa (1933) de Cottinelli Telmo.

A sua primeira longa-metragem foi Aniki-Bobó (1942) um dos melhores e mais conhecidos filmes de Manoel de Oliveira, mas na altura foi um fracasso comercial.

Desde então já realizou cerca de 40 filmes, como por exemplo Acto de Primavera (1963), o pão (1966), Amor de Perdição (filme) (1979), Os canibais (1988), O Convento (1995) e Cristóvão Columbo - O enigma (2007)

Manoel de Oliveira insiste em dizer que só cria filmes pelo gozo de os fazer, independentemente da reacção dos críticos. Apesar das múltiplas condecorações em festivais tais como o Festival de Cannes, Festival de Veneza, Festival de Montreal e outros bem conhecidos, leva uma vida retirada e longe das luzes da ribalta.

Gonçalo

1 comentário:

  1. Óptimo! Com oportunidade histórica e conteúdo.
    Vejam o post sobre os (também) 100 anos do próprio Cinema no Temposnotempo. FM

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