O episódio conhecido como a crise dos mísseis de Cuba, ocorrido em Outubro de 1962, foi um dos momentos de maior tensão da Guerra Fria.
A crise começou quando os soviéticos, em resposta a instalação de mísseis nucleares na Turquia em 1961 e à invasão de Cuba pelos Estados Unidos no mesmo ano, instalou mísseis nucleares em Cuba. A 14 de Outubro, os Estados Unidos divulgaram fotos de um vôo secreto realizado sobre Cuba apontando cerca de quarenta silos para abrigar mísseis nucleares. Houve enorme tensão entre as duas super-potências pois uma guerra nuclear parecia mais próxima do que nunca. O governo de John F. Kennedy, apesar de suas ofensivas no ano anterior, encarou aquilo como um acto de guerra contra os Estados Unidos.
Nikita Krustchev, afirmou que os mísseis nucleares eram apenas defensivos, e que tinham sido lá instalados para dissuadir uma outra tentativa de invasão da ilha, indignando assim ainda mais os americanos.
Nenhum presidente dos Estados Unidos poderia admitir a existência de mísseis nucleares daquela dimensão a escassos 150 quilómetros do seu território nacional. O presidente Kennedy avisou Khruschev de que os EUA não teriam dúvidas em usar armas nucleares contra esta iniciativa russa. Ou desativavam os silos e retiravam os mísseis, ou a guerra seria inevitável.
Foram treze dias de suspense mundial devido ao medo de uma possível guerra nuclear, até que em 28 de Outubro Kruschev, após conseguir secretamente uma futura retirada dos mísseis norte- americanos da Turquia, concordou em remover os mísseis de Cuba.
Enquanto os EUA e a URSS negociavam, a população norte-americana tentava defender-se como podia. Nunca antes se tinha comprado tanto cimento e tijolo (para construir abrigos) na história dos EUA depois de John Kennedy ter declarado a verdadeira gravidade da situação pela televisão.
Na década de 1960, havia uma clara tendência à proliferação dos arsenais nucleares. Por esta razão, e ainda sob o impacto da crise dos mísseis de Cuba, os Estados Unidos, a União Soviética e a Grã-Bretanha assinaram, em 1963, um acordo que proibia testes nucleares na atmosfera, em alto-mar e no espaço (assim, apenas testes subterrâneos poderiam ser legalmente realizados). Em 1968, as duas super-potências e outros 58 países aprovaram o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. O objectivo deste acordo era tentar conter a corrida ao armamento dentro de um certo limite, com ele, os países que já possuíam bombas nucleares comprometiam-se a limitar os seus arsenais e os países que não possuíam ficavam proibidos de desenvolvê-las, mas poderiam requisitar dos primeiros tecnologia nuclear para fins pacíficos.
(imagem: fotografia tirada pelo avião-espião americano a sobrevoar Cuba)
Fonte: Wikipédia
Gonçalo
terça-feira, 16 de março de 2010
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Vem tarde o comentário, mas só o escrito, como sabes. Bem! FM
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