Há 100 anos atrás falecia de forma inesperada o Dr. Santos Rocha. A Figueira perdia uma das personalidades mais marcantes da sua história.
Cem anos depois o Museu Municipal - que ele fundou - promoveu a evocação oficial da sua personalidade e obra.
Hoje de manhã, depois da colocação de uma coroa de flores no monumento que o perpetua, junto ao Museu, decorreu uma sessão na Sala de Arqueologia deste, que teve como intervenientes o presidente da Câmara Municipal e a Dra. Isabel Pereira, antiga Conservadora do Museu e profunda conhecedora da obra arqueológica, que deu ao Dr. Santos Rocha um relevo nacional, junto a outros dos nossos pioneiros da área da Arqueologia (Carlos Ribeiro, Leite de Vasconcelos, Nery Delgado, etc.).
Houve ainda uma intervenção do Dr. Miguel Carvalho, livreiro-alfarrabista em Coimbra, que fez a apresentação da edição facsimilada que efectuou - com o apoio da Câmara Municipal - da 1ª edição da mais importante obra de Santos Rocha - os "Materiais para a História da Figueira nos séculos XVII-XVIII" - que foi publicada em 1893 e teve 2ª edição - há muito esgotada - em 1954 (precisamente na altura em que se comemorou o Centenário do nascimento do autor).
A familiar e herdeira dos bens do Dr. Santos Rocha, a D. Luísa Jardim, aproveitou a ocasião para oferecer ao Museu Municipal um objecto de valor simbólico elevado: o prato que Santos Rocha adquiriu durante a viagem que efectuou à Andaluzia (e que deu origem a um dos seus livros, "Cartas de Andaluzia") para oferecer à sua mulher.
Foi ainda inaugurada, ao lado da Sala de Arqueologia, a Exposição Evocativa, que vai estar durante um tempo largo ao dispor dos visitantes.
Porque a hora já ia adiantada tive de me ausentar e não a pude conhecer-visitar-fotografar, mas fa-lo-ei logo que as reuniões de avaliação terminarem.
Deixo-vos o convite para fazerem o mesmo durante as férias! Vão ver que vai valer a pena!