No dia em que o mundo celebra a existência de uma das suas alavancas civilizacionais - de há 5 mil e tal anos para cá, pelo menos - a celebração cá pelo blogue com "o livro", um só, escolha pessoal no lote dos mais recentemente publicados.
Daniel Pennac é um autor muito especial. Conheço dele alguns livros encantatórios dos quais destaco o primeiro que li, da "Saga Malaussènne", ainda muito presente e que depois ofereci a alguns amigos (as): "A Paixão segundo Thérèse". Na Biblioteca da Escola temos o seu famoso "Como um Romance", sobre o acto da escrita e da leitura, que tem sido destacado amiúde.
Neste que anda cá por casa, já lido, mas não ainda por mim, é, ao que consta, o percurso pessoal do autor a contar, com os rostos diversos da escola que viveu a valer, mas a valer mesmo!, num jogo de partilha plena com o leitor.
Em Mágoas da Escola, Daniel Pennac aborda os problemas da escola e da educação desde um ponto de vista insólito - o ponto de vista do mau aluno. Pennac, que foi ele próprio um péssimo estudante, analisa a figura do cábula outorgando-lhe a nobreza que merece e restituindo-lhe a carga de angústia e dor que inevitavelmente o acompanha.Misturando recordações autobiográficas e reflexões acerca da pedagogia e das disfunções da instituição escolar, sobre a dor de ser um mau estudante e a sede de aprendizagem, sobre o sentimento de exclusão e o amor ao ensino, Daniel Pennac oferece-nos, com humor e ternura, uma brilhante e saborosa lição de inteligência.Mágoas da Escola é um livro único e irrepetível, que todos os pais e todos os professores não podem deixar de ler - e dar a ler.
http://www.wook.pt/ficha/magoas-da-escola/a/id/219874
Sobre o dia e porque o tempo já escasseia, socorro-me de um excerto de um texto que retiro de http://bibvirtual.blogs.sapo.pt/51867.html e que subscrevo inteiramente:
Comemora-se desde 1996 e por decisão da UNESCO.
A esta data está também ligado um costume Catalão de os homens oferecerem rosas às mulheres e receberem em troca livros.
Shakespeare e Cervantes, faleceram a 23 de Abril de 1616.Dizem as estatísticas que os inquiridos que afirmam ler livros eram em 1983 de 41,7%. O número subiu em 1995 para 53,9%. Mas infelizmente em 2000 os que se afirmam leitores já são menos de metade dos portugueses (44,3%).
Ou as estatísticas mudaram de método ou o esforço que andamos a fazer para promover a leitura não anda a resultar.
E dessa população que diz ler, só pouco mais de metade (58%) estava a ler no momento em que foi inquirida.
Em números redondos só cerca de um em cada cinco portugueses é que anda a ler.
Esta é a pura e dura realidade.
Como mudar? Quem tem falhado? Que faz a escola? Que margem para a escola? Como se desenha a cultura de um povo? Porque persiste ainda tanto atraso cultural 35 anos depois do 25 de Abril de todas as esperanças? E...
FM
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