domingo, 31 de outubro de 2010

Instrumentos musicais na Grécia Antiga

Tocadora de flauta


O vosso manual fala da Cítara e da Lira (e dos Kitharistes que as ensinavam a tocar aos jovens...) como sendo dos mais importantes instrumentos musicais da Grécia Antiga.

Recorrendo aos materiais à nossa disposição deixo-vos dois exemplos:

O primeiro, um tema que não é obviamente da época que estudámos, mas que tem uma resenha de documentos musicais muito importante nas imagens de acompanhamento, incluindo alguns fragmentos de papiro com  primitivas anotações musicais.




O segundo, pela importância da reconstituição. Espero que gostem!


Ainda o Sócrates (o grego, claro!...)


“A vida sem reflexão não merece ser vivida”
Sócrates



Bem confesso que não resisto!

Aí vai um importante "documento" de mais uma façanha de Sócrates (o grego!).
Vem mesmo a propósito!!
 (redescobri-o aqui numa "limpeza" e aí vai... para a História!!!)


terça-feira, 26 de outubro de 2010

O MUSEU DA ACRÓPOLE





Foi notícia há um ano e picos atrás. O governo grego fez nessa altura a inauguração das novas instalações do Museu da Acrópole, agora a 300 metros dela. Finalmente tornava-se possível reunir num só espaço as muitas peças encontradas nas sucessivas campanhas de escavações realizadas nesse local, quase 130 milhões de euros "depois".



Quem entrar na nova área avança sobre um chão feito de vidro, mesmo por cima das escavações realizadas nas zonas que tiveram demolições e, mais à frente entra no Museu.



É uma obra do arquitecto suiço Bernard Tschumi, feita com vidro e aço, mas sem esquecer o mármore branco tão associado ao simbolismo da Acrópole, como vimos.




Deixo-vos algumas das imagens que pude recolher - pesquisem por vossa conta e vejam mais! -, com esculturas e outras obras de arte, mas também com os mais variados objectos do quotidiano, num total de 4000 peças em exposição, dais quais vos destaco: o friso que Fídias esculpiu para o Pártenon, às ordens de Péricles e da Assembleia - são 160 metros (!!!) de baixos-relevos fabulosos, compostos por 360 (!!) figuras humanas e 250 (!!) animais. Trata-se de uma alusão à Festa das Grandes Panateneias e a qualidade artística é simplesmente soberba, do melhor que o engenho humano já pôde realizar!




domingo, 24 de outubro de 2010

A Batalha de Salamina... e o documentário...




Decisiva para a civilização ocidental a Batalha de Salamina, como vimos no documentário (480 a.c.)

Xerxes da Pérsia e a vingança da derrota do seu pai Dario, às mãos dos hoplitas atenienses, em Maratona, 10 anos antes.

As peripécias com a consulta ao Oráculo de Delfos e à Pitonisa (Pítia) e com a táctica e armadilha atenienses; a destruição e incêndio de Atenas pelas tropas de Xerxes; o poderio da armada grega chefiada por Temístocles e o valor dos seus remadores; o poderio fantástico da armada e infantaria persas; a bravura de Artemísia na chefia dos seus 5 navios persas, etc. podem ser facilmente encontradas e descritas com algum pormenor, em qualquer pesquisa na net ou enciclopédia.
O documentário que vimos fez isso, apoiado na informação das "Histórias" do Heródoto, como vários concluiram nos trabalhos de pesquisa que fizeram sobre ele.

Quanto ao argumento: está construído de forma descritiva, mas com cortes e ligações diversos, destinados a prender a atenção dos espectadores.
A fotografia é muito cuidada e, como exemplos maiores, não se esquecem muito depressa os belos planos e os jogos de luz feitos com as esculturas gregas seleccionadas, perto do fim.
A focalização está na Batalha, mas não só: fala-se do Império Persa no início; fala-se um pouco da construção naval e em especial das trirremes gregas; fala-se do Oráculo de Delfos e da sua importância para o mundo grego, etc.
As últimas cenas deixam no ar a mensagem principal do filme: sem a vitória de Salamina que teria sido da Civilização Grega (e por extensão da nossa cultura ocidental moderna, assente nela)? Não teria acontecido a brilhante cultura dos séculos V e IV a.c. e a democracia não teria prosseguido o seu desenvolvimento. Teria chegado onde chegou o Teatro ou a Filosofia? Teriam prosseguido os Jogos? etc. etc..

TUCÍDIDES (Atenas c.460 - c.400 a.c.)




"A IGNORÂNCIA É AUDAZ; A SABEDORIA, RESERVADA"





Foi um Estratego de Atenas que caiu em desgraça e foi vítima de votações ao ostracismo, que o afastaram de Atenas por muitos anos.

Testemunha da Guerra do Peloponeso dela procurou fazer a História, com uma tal força realista e crítica, que ainda hoje é considerada uma das grandes obras da Historiografia.

Filho de uma família rica de Atenas e tendo como mestre uma das grandes figuras da Filosofia grega - Anaxágoras - ficou para a história como um político e um dos grandes primeiros historiadores.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Wim Mertens III




Bem, como estou sem comentários para os posts 1 e 2 não deve fazer mal nenhum fazer um 3º!

Deixo um outro tema dele, associado a um diaporama de imagens que uma "youtubista" deixou para partilhar.




E já agora, um pouco de publicidade para o seu último trabalho, afinal aquele que ele vem destacar na sua tourné portuguesa.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Wim Mertens II



Insisto, só para dizer que uma vez que não deve vir à Figueira com o seu Emsemble e, portanto, - é o mais certo - virá, certamente, sozinho, vale a pena chamar a vossa atenção para ele, deixando-vos com um dos temas dos anos mais recentes que se encontra disponível no Youtube.

É uma música diferente, minimalista, cativante, harmónica e ritmicamente muito rica.

Wim Mertens


Foi um aluno - o Luís - que aí por 1990 ou 1991 mo deu a conhecer. Passou-me nessa altura uma cassete que, no carro e em casa, "fez quilómetros". Perdi a conta às vezes que a ouvimos - com temas deste CD especial - e ainda me emociono ao pensar na companhia que nos fez (e que vão fazendo os CDs, agora) ao longo das viagens de férias, putos atrás, nos bancos.



Pois vem aí! Vai estar na Figueira, no CAE, em 5 de Novembro!



Já o vi em Coimbra há uns 2 anos atrás e vai ser um prazer revê-lo!

Deixo o convite! Há vários bilhetes a 5 euros!


Cerâmica grega clássica




A propósito da Europa ficou um primeiro registo cerâmico. Foi um aperitivo.

Ficam mais alguns, só para fazer saltar as "glândulas" responsáveis pelos AHHH!! estéticos e pelos "desmaios" associados ao sublime!!




 


http://historiavivaveracruz.blogspot.com/2009/10/2tt-textos-de-apoio-modulo-1-ceramica.html





segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Europa...

Europa (s)...

(e as diferentes leituras visuais, consoante os pintores e as épocas... para o mito que agora já conhecem...)


O Rapto de Europa
Cerâmica grega


O Rapto de Europa

Gustave Moureau (c. 1869)
(Wikipedia)

O Rapto de Europa
P. P. Rubens (1577-1640)



domingo, 17 de outubro de 2010

Mitologia Grega...

Uma Oceânide


Bem, como parece que está a ser difícil lembrarem-se do trabalhito sobre Europa (e Ásia...), entro a ajudar, com uma espécie de "equipa de emergência médica", que outra coisa não parece poder chamar-se a tal "camião" (TIR!) de informações.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_grega

Aproveitem! Explorem!
Cheguem lá facilmente - só é preciso ter cuidado com as curvas... e os cruzamentos... e os entroncamentos!!!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A poesia da Grécia Antiga...


Atena Parthenos
Fídias, 438 a.c.


Caramba! Mexendo nas etiquetas cá do blogue dou, para a poesia, com apenas seis poemas! É pouco!

Há que "dar corda aos sapatos" e recuperar algum tempo "perdido".

Agora que estamos na Grécia Clássica, vem a propósito deixar-vos mais alguns, para serem saboreados como o mel: gota a gota, molécula a molécula, num festim saltitante de partículas...

A tradução é de Albano Martins, e retiro-os da Antologia que publicou e anotou em Outubro de 2002 (Edições Asa): do mundo grego outro sol.


1.
Os rapazes não sofrem tanto como nós,
as fracas raparigas.
Eles têm amigos da mesma idade, aos quais confiam sem receio
as suas dores e penas.
Entregam-se a jogos consoladores e vagueiam pelas ruas
fantasiando sobre as formas representadas nas pinturas.
A nós não nos é permitido sequer ver a luz do sol. Encerradas
em casa, consumimo-nos em sombrios pensamentos.

Agátias, o Escolástico (536-582 ou 594 d.c.)

2.
Sem recear ninguém e sem, por outro lado, te expores
a uma recusa, Europa, a ateniense, é tua por uma dracma.
Ela fornece, além disso, uma cama irrecusável e, no inverno,
carvão. Meu caro Zeus, não valia apena
teres-te transformado em touro.

Antípatro de Tessalonica (séc. I a.c.-I d.c.)

3.
Um salmonete grelhado na brasa e um peixinho pescado no porto,
eis o que, Ártemis, te ofereço como presente, eu, o pescador Ménis,
depois de ter enchido de vinho puro esta taça e ter partido
este naco de pão seco. É uma pobre oferenda, mas, em troca,
faz com que as minhas redes venham sempre carregadas de peixe.
Porque tu, ó ditosa, és a senhora de todas as redes.

Apolónidas (séc. I a.c.)

4.
Ao tecer um dia uma coroa,
encontrei Eros entre as rosas.
Segurando-o pelas asas,
mergulhei-o no vinho.
Peguei na taça e bebi-o.
E agora, por todo o corpo,
faz-me cócegas com as asas.

Juliano, antigo prefeito (séc. VI d.c.)


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

As Poléis gregas


Acrópole de Atenas

Para além da típica divisão entre espaço urbano (geralmente muralhado) e o espaço envolvente rural  - para a agricultura e pastagens, ou de acesso às zonas portuárias (para as que dela dispunham) -, era também típica a forma de estruturação do território urbano: a existência de uma zona elevada - a "ACRÓPOLE" - reduto dos templos principais e da defesa última face a invasores; a existência de uma zona comercial e cívica aberta - a "ÁGORA" - desenhada na zona baixa para a expansão habitacional.

Ágora de Atenas (restos arqueológicos)





Atenas (reconstituição)

domingo, 10 de outubro de 2010

O historiador Fernando Rosas na Biblioteca Municipal figueirense


F. Rosas em Famalicão

Foi mesmo no interior da Biblioteca, entre estantes, com sofás e cadeiras a aconchegarem.

Do programa constava o título da Tertúlia - "A República como movimento institucional e político". O seu animador era o Prof. Dr. Fernando Rosas (com um tio figueirense que chegou a ser ministro da Economia no Estado Novo,
João Dias Rosas).

Pensei na pequena notícia pós-Tertúlia, mas não me portei muito bem: primeiro deixando que um jogo de futebol (bem, não era um jogo qualquer, caramba! Foi o Portugal 3 - Dinamarca 1...) se metesse com a História e me levasse a chegar com significativo atraso; depois, com a pressa esqueci a máquina fotográfica, e de fotografias da sessão... é o que se imagina!

Confesso que estive a tentar superar o problema, mas parece que as notícias sobre o encontro ainda não chegaram à net ou aos jornais figueirenses (vi as páginas electrónicas do Figueirense e Voz da Figueira e... nada!) e sendo assim só me resta dar conta de que: 1- cheguei a tempo de assistir ao termo da descrição dos principais acontecimentos que levaram à vitória das forças republicanas e Carbonárias, nos dias 4 e 5 de Outubro de 1910; 2 - que em sequência F. Rosas se debruçou sobre os novos símbolos republicanos (Bandeira e Hino) e sobre os principais méritos (laicização da sociedade e a separação Estado-Igreja, o casamento, divórcio e registo civis; a educação e combate ao analfabetismo, etc.) e defeitos dos sucessivos governos da Primeira República (insensibilidade social sobretudo na relação com a classe operária, promessa do sufrágio universal não cumprida, as debilidades das políticas económicas e financeiras, os termos em que se processou a participação na Grande Guerra, etc.).

Terminou inventariando as cinco grandes razões que, na sua opinião, explicam a falência desta primeira experiência republicana (em 28 de Maio de 1926) e a implantação da ditadura militar que permitiu a criação do "Estado Novo" de Salazar (abordo-as apoiando-me, sobretudo, num artigo seu sobre a temática, publicado no jornal "Público" de 13 de Setembro último): a falta de democratização do sistema político vindo do liberalismo monárquico (o sufrágio universal nunca concedido) ; falta de uma base social de apoio alargada - incapacidade para encontrar apoio fora do eleitorado urbano da pequena e média burguesias (nunca avançou a reforma agrária, por exemplo); a luta com a Igreja nos termos em que se processou e que permitiu a esta (Igreja) virar o mundo rural contra a República "ateia", acusada de atacar a religião; a ruptura com o operariado organizado das cidades, que os governos republicanos foram agravando, com a repressão brutal e quase contínua sobre os sindicatos, os dirigentes e os operários em greve; por último a participação portuguesa no terreno europeu da Grande Guerra, geradora de múltiplos conflitos e de um cortejo de tremendas consequências económicas, financeiras, sociais e políticas.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

GRÉCIA ANTIGA...


Bem, como amanhã vamos iniciar o estudo da Civilização Grega, deixo-vos estes mapas que espero utilizar também. A qualidade está longe de ser a mais desejável mas não consegui melhor para o tempo de que dispunha.

De qualquer modo creio que ficam bem visíveis as duas grandes vagas colonizadoras, bem como as direcções e âmbito que tomaram, bem como ainda, o nome das principais metrópoles colonizadoras (PARA O VEREM MAIOR FAÇAM DUPLO CLIQUE NA IMAGEM).

Façam-lhe uma análise cuidada e vão ver que vai valer a pena.

Entretanto on-line é possível encontrar outros recursos. Deixo-vos dois exemplos bem generosos e úteis para o nosso trabalho:



(podem vê-lo muito ampliado no sítio donde, com vénia, o retiro: http://www.historiadigital.org/2009/08/atlas-historico-grecia-antiga.html )




(também, de novo: http://www.historiadigital.org/2009/08/atlas-historico-colonizacao-grega.html )

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

100 anos de República




Celebramos pela centésima vez o nascimento da República portuguesa.






Não vão faltar por esse país fora as mais diversas comemorações. Existe uma Comissão Nacional, a quem o governo atribuiu uma verba para garantir a dinamização e coordenação nacional delas. Espreitem!

Na Figueira as coisas vão estar pelo mortiço no dia 5 - exposições no Museu e Biblioteca às 16 horas e Banda Filarmónica no CAE pelas 17h -, sem uma festa de rua e sem celebrações que ponham em destaque a Figueira de há 100 anos atrás e os seus protagonistas maiores.

Mas a 8 teremos de visita à cidade dois dos nossos mais importantes historiadores: os Professores Fernando Rosas e Fernando Catroga. O dilema vai ser difícil de resolver: qual deles escolher se os vamos ter em simultâneo, em locais diferentes (às 21.30h, respectivamente na Biblioteca Municipal e no Casino)?

Fernando Rosas





 
  

Fernando Catroga

domingo, 3 de outubro de 2010

Historiadores portugueses




Vitorino M Godinho


José Mattoso

Agora que falámos do papel dos historiadores e destacámos o pioneiro Heródoto, parece fazer sentido dar a conhecer dois dos nossos principais historiadores de sempre, felizmente ainda vivos: os professores Vitorino Magalhães Godinho e José Mattoso (que já não é um desconhecido para vós).

Escolho-os pela importância dos trabalhos que publicaram e pelo relevo que deram -  em termos europeus e mundiais - à Historiografia portuguesa.





Deixo o convite para os conhecerem melhor, aproveitando o manancial de informação disponível na net.