A escravatura existe desde sempre, sendo um acontecimento comum à maior parte das civilizações ao longo da História da humanidade. Este fenómeno consiste na superioridade de um ser humano em relação a outro.
Hierarquizar socialmente as comunidades era um princípio maior, por isso sentiu-se a necessidade de o fazer, uns usufruíam de direitos exuberantes e muitos outros de trabalho árduo sendo obrigados a abdicar da sua liberdade sob pena de serem maltratados. Eram sacrificados em função da sociedade em que estavam inseridos para que esta estivesse socialmente organizada.
Com as mudanças de mentalidade ao longo dos séculos, notaram-se ligeiras diferenças no comportamento social. Por exemplo, nas civilizações egípcias os escravos faziam trabalhos pesados (pirâmides, túmulos, etc.), mas eram bem alimentados para terem uma boa forma física de modo a desempenhar um trabalho mais eficaz. Isto já não se fazia notar no Império Romano, onde a escravatura passou a ser mais agressiva e muitas vezes divertimento para o público (os escravos eram postos frente a frente com feras tendo de lutar com elas até à morte). Portanto os escravos tinham diferentes “tarefas” consoante o tempo e espaço em que estavam inseridos.
A escravatura alastrou-se por todo o Mundo, começando a ter maior impacto no século XV aquando das descobertas dos novos “mundos”. Foram também descobertas novas formas de submeter os chamados “selvagens” ao trabalho escravo. Portugal foi pioneiro nesta realidade com as expedições a África, descobrindo rotas que permitiam comercializar esta vasta mão de obra por toda a Europa fazendo com que esta enriquecesse economicamente.
O racismo começou a afirmar-se, os escravos eram julgados de acordo com a sua etnia. Apesar de existirem escravos brancos, os escravos negros eram considerados inferiores e só serviam para trabalhar arduamente. Mas existiam pessoas de ambas as raças que não concordavam com esta ideologia por isso tentaram com que a escravatura fosse abolida. A moralidade da atitude discriminatória começou a ser questionada e em alguns países (Portugal é exemplo), a escravatura foi realmente abolida. Em contrapartida, surgiram muitas teorias que defendiam o racismo. Um exemplo bem evidente é o de Adolf Hitler que sobrepunha a raça ariana pura a todas as outras, exterminando raças “inferiores” (judeus, negros, arianos impuros, negros, ciganos, etc.).
Só no século XX (1948) foi criada pela Organização das Nações Unidas, a “Declaração dos Direitos Humanos” com o objetivo de estabelecer e manter a paz no Mundo. Os direitos humanos são os direitos e liberdades básicos, como por exemplo o direito à segurança e proteção, comuns a todos os seres humanos.
Apesar de ser ilegal, a exploração e o tráfico humano ainda são realidades atuais. Todos os dias milhões de pessoas são sujeitas a estes tipos de tratamento, perdendo toda a liberdade a que têm direito e consequentemente pondo em causa a sua dignidade. Cabe-nos a nós, como seres humanos com direitos e deveres, fazer com que este crime deixe de existir, agindo em solidariedade para com as pessoas que sofrem com esta atitude não-humana diariamente.
Fica o apelo para tornar o Mundo melhor e “respirável” de igual forma para todos!
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A aluna,
Liliana Torres (11ºano)